Filho de imigrantes franceses, Isidore Ducasse nasceu e viveu seus primeiros anos numa cidade sul-americana sitiada por exércitos a serviço do ditador argentino don Juan Manuel Rosas; uma guerra longa, evocada em Montevidéu ou uma nova Troia, de 1850, romance atribuído a Alexandre Dumas, no qual Alejandro Waksman, seu tradutor para o espanhol, encontra “un espíritu montaraz de maravillas”, entre suores de centauros, exalações de sangue, barro e bosta misturados a pestilências, incenso e perfumes.
E é nessas margens tumultuosas e instáveis, entre poetas veneráveis e estranhas misturas de línguas, que o livro de Leyla Perrone-Moysés e Emir Rodríguez Monegal – um livro construído pacientemente ao longo de anos e ainda no interior de uma cultura à bureaux fermés que dificultava o acesso às raridades –, vem situar novamente o autor d’Os cantos de Maldoror, embaralhando o que pareciam ser evidências, aceitas pela crítica oficial, sobre Isidore Ducasse, sua vida e sua obra.
Filho de imigrantes franceses, Isidore Ducasse nasceu e viveu seus primeiros anos numa cidade sul-americana sitiada por exércitos a serviço do ditador argentino don Juan Manuel Rosas; uma guerra longa, evocada em Montevidéu ou uma nova Troia, de 1850, romance atribuído a Alexandre Dumas, no qual Alejandro Waksman, seu tradutor para o espanhol, encontra “un espíritu montaraz de maravillas”, entre suores de centauros, exalações de sangue, barro e bosta misturados a pestilências, incenso e perfumes.
E é nessas margens tumultuosas e instáveis, entre poetas veneráveis e estranhas misturas de línguas, que o livro de Leyla Perrone-Moysés e Emir Rodríguez Monegal – um livro construído pacientemente ao longo de anos e ainda no interior de uma cultura à bureaux fermés que dificultava o acesso às raridades –, vem situar novamente o autor d’Os cantos de Maldoror, embaralhando o que pareciam ser evidências, aceitas pela crítica oficial, sobre Isidore Ducasse, sua vida e sua obra.